O QUE É ‘ORDEM UNIDA???’
São procedimentos e exercícios específicos, padronizados, enérgicos e marciais, que visam um
melhor controle sobre um determinado grupo de pessoas, estando estes parados, em deslocamentos ou
em apresentações, de maneira que demonstrem harmonia nos movimentos, em quaisquer
circunstâncias.
OBJETIVOS PRINCIPAIS DA ORDEM UNIDA
Destacamos aqui os objetivos principais:
Þ O próprio desdobramento da palavra resume os principais objetivos da Ordem Unida:
ORDEM= Ordem, Disciplina e Obediência;
UNIDA= União, Conjunto e Coesão.
Þ MORAL: Pela determinação em atender aos comandos, superando muitas vezes até mesmo
necessidades físicas, com honestidade e domínio próprio.
Þ DISCIPLINA: Pela presteza e atenção com que obedecem aos comandos.
Þ ESPÍRITO DE UNIDADE: Pela apresentação do grupo e uniformidade na prática dos exercícios
de execução coletiva.
Þ EFICIÊNCIA: Pela exatidão nas execuções
Þ Proporcionar meios que permitam os desbravadores serem comandados, se deslocarem e até mesmo
se apresentarem, com ordem, disciplina e beleza.
Þ Permitir aos Clubes de Desbravadores, participação em desfiles e paradas, como instrumentos de
testemunho e apresentação pública;
Þ Desenvolver a atenção e a rapidez de obediência;
Þ Desenvolver a amizade e o desejo de cooperação entre os grupos desnivelados de desbravadores;
Þ Desenvolver o caráter dos juvenis, ao aprenderem a respeitar os comandos hierárquicos;
TERMOS UTILIZADOS NA ORDEM UNIDA
ü ALINHAMENTO – É a disposição de vários desbravadores enfileirados em uma mesma
LINHA, todos voltados para a mesma direção, de modo que um desbravador fique ao lado do outro;
ü CAUDA – É o desbravador ao fim de cada coluna
ACERTA RETAGUARDA – Comando dado, quando após o alinhamento ou cobertura, no
dispositivo do Clube, este apresentar espaços vazios na CAUDA. Este comando serve para finalizar o
alinhamento e a cobertura.
Exemplo:
Neste caso, após o alinhamento,
faltou um desbravador na coluna
do meio, estando a Cauda desta
forma errada.
Dá-se então o comando para Acertar a
Retaguarda e então o último desbravador
da coluna do meio vai para o último lugar
e endireita desta maneira a cauda do Clube
ü CERRA-FILA – Nome que se dá ao desbravador, colocado à retaguarda, que encerra uma
fileira, com a missão de cuidar da correção da marcha e do movimento, de exigir que todos se
conservem nos respectivos lugares e de zelar pela disciplina (papel do conselheiro de unidade);
ü COBERTURA – Disposição de vários desbravadores em uma FILA, voltados para a mesma
direção, de modo que um fique exatamente atrás do outro;
COLUNA – Quando os desbravadores estão um atrás do outro, independente da distância e
intervalo, entre blocos ou grupos.
COLUNA POR... - (Por 1, 2, 3, etc) O número à frente da palavra coluna, indica a
quantidade de FILAS que se quer, na formação do grupo. Normalmente separamos as FILAS por:
a) Sexo e tamanho, sendo os maiores à frente;
b) Por unidades; sendo o Capitão da Unidade à frente.
Lembrando que deverão ser guardados as distâncias e intervalos regulamentares
DISTÂNCIA – É o espaço entre os desbravadores de um Clube, onde os mesmo estarão
numa mesma FILA. A distância média entre desbravadores em forma deve ser de 80 cm, medido pelo
braço esquerdo estendido à frente, tocando com a ponta dos dedos, o ombro do companheiro, exceto
aos desbravadores da ‘testa’, pois estes irão estender o braço esquerdo em direção lateral, medindo os
“INTERVALOS” entre eles.
A ‘DISTÂNCIA’ é diferente do ‘INTERVALO’
Distância refere-se ao espaço entre desbravadores, posicionados um atrás do outro e intervalo entre
desbravadores um ao lado do outro.
EM FORMA - Desbravadores dispostos em posicionamento de Ordem Unida ou Marcha.
Alinhados em forma e sob comando;
ü ENTRAR EM FORMA – Comando dado para que o (s) Desbravador (es) entre (m) em
forma e passe (m) a estar sob comando de Ordem Unida ou Marcha. A entrada é pela lateral do Clube
que estiver mais próxima, podendo ser pela esquerda ou pela direita. O único autorizado a entrar
diretamente na frente do Clube será o capitão da unidade ou aquele que estiver na TESTA, os demais
desbravadores, inclusive os conselheiros, deverão entrar pela retaguarda do Clube.
ü FILA – É quando os desbravadores estão dispostos um atrás do outro, em várias
COLUNAS, efetuando corretamente as DISTÂNICAS.
FILEIRA - É a soma das LINHAS, alinhadas, eqüidistantes e com todos olhando em um
ponto à frente. (deve o desbravador olhar a nuca do companheiro da frente);
ü FORA DE FORMA - Comando para que o (s) Desbravador (es) saia (m) de forma e deixe
(m) de estar sob comando de Ordem Unida ou Marcha. A saída se faz pela lateral mais curta do Clube,
podendo ser pela esquerda ou pela direita. O único autorizado a sair pela frente do Clube será o capitão
da unidade ou aquele que estiver na TESTA, os demais desbravadores, inclusive os conselheiros,
deverão sair pela retaguarda do Clube
.
ü FORMAÇÃO – É a disposição regular dos desbravadores de um Clube em LINHA ou em
FILA;
ü FRENTE – Espaço que um Clube ocupa em LINHA;
FRENTE: É a distância entre o primeiro e o
último desbravador da TESTA
ü HOMEM-BASE - É o desbravador que regula o grupo quanto ao posicionamento e quanto a
marcha. Em uma FORMAÇÃO, o HOMEM BASE é o desbravador da TESTA da direita do Clube. O
HOMEM BASE também cobre, esticando seu braço a sua esquerda. Ou seja, o HOMEM BASE será
sempre o desbravador da direita das unidades em forma, salvo casos especiais, em que poderá, devido à
necessidades especiais, ser designado ao centro ou a esquerda.
LINHA – Quando os desbravadores estão dispostos um ao lado do outro. Refere-se a vista
lateral de um mesmo grupo, desde que mantenham os INTERVALOS.
INTERVALO – É o espaço entre um desbravador e outro colocado na mesma FILEIRA ou
LINHA. O INTERVALO normal entre dois homens é de 80 cm (braço estendido lateralmente, com as
pontas dos dedos tocando no ombro do companheiro à esquerda) e o reduzido é de 25 cm, também
chamado de ‘SEM INTERVALO’, sendo este último realizado da seguinte forma: coloca-se a mão
esquerda fechada na cintura com as costas da mão voltada pra frente, tocando levemente o braço direito
do companheiro à sua esquerda com o cotovelo.
O INTERVALO é somente realizado pelos desbravadores da TESTA. Os demais desbravadores
se alinham conforme os INTERVALOS dos desbravadores da TESTA;
ü PELOTÃO - Modo Militar de chamar o grupo em forma. Não aconselhamos o uso deste nome,
preferimos que use referências como: ‘Agrupamento’, ‘Grupo’ ou ‘Clube’. Ou ainda um nome que
identifique o grupo: Clube, Unidade, Desbravadores, etc.
ü PROFUNDIDADE – É o espaço dos desbravadores posicionados entre a TESTA e a
CAUDA, o começo e o fim de uma COLUNA ou FILA.
TESTA - É o desbravador à frente de cada FILA ou COLUNA. A soma dos desbravadores
da TESTA forma a ‘TESTA DA FILEIRA ou DO AGRUPAMENTO’.
MEIOS DE COMANDO
Há quatro meios que podem ser usados para comandar em Ordem Unida ou Marcha um Clube de
Desbravadores ou mais, sendo estes:
* Voz
* Apito
* Corneta
* Gesto
ü Voz de Advertência
* É um alerta que se dá aos desbravadores, prevenindo-os para o comando que será enunciado;
* Poderá ser omitida, quando se enuncia uma seqüências de comandos
Exemplo: ‘Atenção Desbravadores!’ – ‘Sentido!’ – ‘Direita!’ – ‘Volver!’ – ‘Descansar!’.
Não há, portanto, necessidade de repetir a ‘voz de advertência’ antes de cada comando.
ü Voz de Comando
* Tem por finalidade indicar o movimento a ser realizado pelos desbravadores;
* Torna-se necessário que o instrutor enuncie este comando de maneira enérgica, dando um
intervalo entre a ‘voz de comando’ e a ‘voz de execução’, para que haja uma uniformidade de execução
pelos desbravadores.
ü Voz de Execução
* Tem por finalidade determinar o exato momento em que o movimento deve começar ou
cessar;
* A ‘voz de execução’ deve ser curta, viva, enérgica e segura. Tem de ser mais breve que a ‘voz
de comando’ e mais incisiva;
* Quando a ‘voz de execução’ for constituída por uma palavra oxítona (que tem a tônica na
última sílaba), e aconselhável um certo alongamento na enunciação da(s) sílaba(s) inicial(ais), seguido
de uma enérgica emissão da sílaba final:
Exemplo: PER-FI-LAR!; CO-BRIR!; VOL-VER!; DES-CAN-SAR!.
* Quando, porém, a tônica da sílaba da ‘voz de execução’ cair na penúltima sílaba, é
imprescindível destacar esta tonicidade com precisão. Nestes casos, a(s) sílaba(s) final(ais),
praticamente não se pronuncia(m):
Exemplo: MAR-CHE!; AL-TO!; EM FREN-TE!; OR-DI-NÁ-RIO!
ü CADÊNCIA - Refere-se à quantidade de passos dados por minuto. Podendo ser em passo
ORIDNÁRIO ou ACELERADO.
ü MARCHE - Palavra usada como VOZ DE EXECUÇÃO para os comandos de marcha. Pode
ser precedido pelo tipo de passo (ORDINÁRIO ou ACELERADO ou SEM CADÊNCIA ou PASSO
DE ESTRADA) ou ainda pela direção a seguir (EM DIREÇÃO A ... DIREITA ou ESQUERDA).
ü PASSO SEM CADÊNCIA - Termo usado para indicar que o desbravador não deve fazer
marcação com o bater dos pés ao marchar. No entanto, conservam-se a DISTÂNCIA, o INTERVALO
e a cadência.
ü PASSO DE ESTRADA - Permite liberdade de passo, devendo apenas ser observado seu lugar
na marcha e a regularidade.
ü PASSO ACELERADO – Passos longos e em ritmo acelerado. É o passo executado com a
extensão de 75 à 80 cm, conforme o terreno e numa cadência de 180 passos por minuto.
ü PASSO ORDINÁRIO - Passos e ritmos normais de marcha. Os passos devem ser de 75cm de
extensão, à 116 passos por minuto, e as mãos se deslocam a cerca de 30 cm da coxa, enfatizando igual
e fortemente a batida para os dois pés. O primeiro passo é de cerca de 40cm e sempre com o pé
esquerdo.
ü ROMPIMENTO DE MARCHA - O início da marcha é chamado de rompimento de marcha e
deve ser feito sempre com o pé esquerdo. A cadência dos pés deve ter ênfase igual nos dois pés.
ü MOVIMENTO DE MARCHA - Deve ser feito com o elevar do pé à frente e deixar o pé cair
naturalmente. Os dois pés devem ser batidos com igual intensidade e com as mãos espalmadas. Os
braços devem se movimentar com cadência marcada, em movimentos acentuando levemente ao modo
natural de andar.
ü ALTO! - Deve ser usado uma VOZ DE ADVERTÊNCIA antes, pois ALTO, é a VOZ DE
EXECUÇÃO. Preferencialmente o comando ALTO é dado no pé esquerdo. Porém, independente do pé
em marcha, quando o comando for dado no PASSO ORDINÁRIO ou em MARCAR PASSO, conta-se
dois passos a partir do pé direito; 1o-direito, 2o-esquerdo, e unem-se os pés, levando o direito com
energia, junto ao esquerdo, e as palmas das mãos batidas contra as coxas. A posição seguinte é
SENTIDO.
Quando o grupo estiver em PASSO DE ESTRADA, se comanda: SEM CADÊNCIA!,
MARCHE!, para depois proceder o ALTO.
Se o grupo estiver em PASSO ACELERADO, se comanda ALTO quando o grupo estiver no pé
esquerdo, e após o comando o grupo dá ainda mais quatro passos, e ajunta o pé direito em posição de
sentido com forte energia.
ü MARCAR! PASSO! - Seguindo as cadências do PASSO ORDINÁRIO e executando-se com a
mesma forma que o ALTO, até o bater dos calcanhares e palmas das mãos. Deve ter curta duração e os
pés são levemente erguidos do chão. Os braços se posicionam ao lado do corpo sem movimento. O
término do MARCAR PASSO pode ser dado por ALTO ou EM FRENTE! MARCHE!.
ü EM FRENTE! – É uma voz de execução. Deve ser orientado sempre com o pé esquerdo no
chão. A seguir se bate o pé direito e na vez do pé esquerdo se inicia a marcha, batendo-o à frente.
ü ACERTE O PASSO - Serve para corrigir o passo e a cadência. Deve ser imperceptível ao
público e pode ser executado de duas formas: Discreta e rapidamente parando e recomeçando a marcha;
ou melhor ainda, batendo a ponta do pé que está no alto ao chão junto do outro calcanhar rapidamente,
repetindo o passo seguinte com o mesmo pé que estava no chão.
ü MARCHA COM FANFARRA – O Bombo deve ser batido com o bater do pé direito. Se
ensaiado, pode-se romper marcha logo após o bater do Bombo em conjunto com os repiques, e quando
o Bombo voltar a bater, o grupo estará exatamente no pé direito.
Outra opção é o Bombo esperar o início da Marcha e entrar quando o Grupo estiver batendo o
pé direito no chão.
VOLTAS EM MARCHA
As voltas em marcha só deverão ser executadas nos deslocamentos no PASSO ORDINÁRIO.
ü DIREITA! VOLVER! – A VOZ DE EXECUÇÃO “VOLVER” deverá ser dada no momento
em que o desbravador assentar no solo o pé direito; com o pé esquerdo, ele dará um passo mais curto e
volverá à direita, sobre a planta do pé esquerdo, prosseguindo a marcha com o pé direito, na nova
direção.
ü ESQUERDA! VOLVER! – A VOZ DE EXECUÇÃO “VOLVER” deverá ser dada no
momento em que o desbravador assentar no solo o pé esquerdo; com o pé direito, ele dará um passo
mais curto e volverá à esquerda, sobre a planta do pé direito, prosseguindo a marcha com o pé
esquerdo, na nova direção.
ü MEIA VOLTA! VOLVER! – A VOZ DE EXECUÇÃO “VOLVER” deverá ser dada no
momento em que o desbravador assentar no solo o pé esquerdo; o pé direito irá um pouco à frente do
esquerdo, girando o homem vivamente pela esquerda sobre as plantas dos pés, até mudar a frente para a
retaguarda, rompendo a marcha com o pé direito e prosseguindo na nova direção. A MEIA VOLTA é
sempre feita pela esquerda. Nada de bater os dois pé e depois voltar a romper marcha.
ü OITAVO À DIREITA! VOLVER! – Semelhante ao comando de DIREITA! VOLVER!,
porém a volta é de apenas 45°, que equivale a um oitavo de volta.
ü OITAVO À ESQUERDA! VOLVER! – Semelhante ao comando de DIREITA! VOLVER!,
porém a volta é de apenas 45°, que equivale a um oitavo de volta.
ü EM DIREÇÃO À DIREITA! VOLVER! - O Grupo executa a partir da TESTA das
FILEIRAS uma espécie de arco, sendo HOMEM-BASE o que estiver na direita (lado a ser
direcionado),e este marca passo e a partir dos próximos companheiros que estiverem ao lado, o passo
vai se tornando mais longo até que a extremidade contrária seja o passo mais longo de toda a TESTA.
Quando o grupo estiver na direção desejada, deve-se então comandar: EM FRENTE! MARCHE!
ü EM DIREÇÃO À ESQUERDA! VOLVER! - O Grupo executa a partir da TESTA das
FILEIRAS uma espécie de arco, sendo HOMEM-BASE o que estiver na esquerda (lado a ser
direcionado),e este marca passo e a partir dos próximos companheiros que estiverem ao lado, o passo
vai se tornando mais longo até que a extremidade contrária seja o passo mais longo de toda a TESTA.
Quando o grupo estiver na direção desejada, deve-se então comandar: EM FRENTE! MARCHE!
ü OLHAR A ESQUERDA! – Dada esta VOZ DE EXECUÇÃO no pé esquerdo, dá-se um passo
normal com o pé direito e com o esquerdo uma batida mais forte no solo, executado a partir daí o
movimento com a cabeça para a esquerda. O diretor do grupo pode se posicionar com POSIÇÃO
PARA SAUDAÇÃO. O movimento consiste de permanecer marchando em frente enquanto se vira a
MANUAL DE ORDEM UNIDA
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cabeça cerca de 45º na direção orientada. Sendo que a TESTA e a COLUNA-BASE, não executam. O
comando termina com a ordem: “OLHAR! FRENTE!”.
ü OLHAR A DIREITA! – Dada esta VOZ DE EXECUÇÃO no pé esquerdo, dá-se um passo
normal com o pé direito e com o esquerdo uma batida mais forte no solo, executado a partir daí o
movimento com a cabeça para a direita. O diretor do grupo pode se posicionar com POSIÇÃO PARA
SAUDAÇÃO. O movimento consiste de permanecer marchando em frente enquanto se vira a cabeça
cerca de 45º na direção orientada. Sendo que a TESTA e a COLUNA-BASE, não executam. O
comando termina com a ordem: “OLHAR! FRENTE!”.
ü OBSTÁCULO EM MEIO A MARCHA – Quando o grupo em marcha se depara com algum
obstáculo que o impeça prosseguir na direção em marcha, o grupo passa a MARCAR PASSO até que
outra VOZ DE COMANDO seja dada, para que se contorne o obstáculo.
ü 1 ou 3 ou 5 ou 7 ou... PASSOS EM FRENTE! MARCHE! – Usado para deslocamentos
curtos. Orienta-se certo número de passo à frente, ou laterais, seguido do comando: MARCHE!. Os
desbravadores executarão este deslocamento, com os braços soltos, como se fossem romper marcha.
Devem ser ordenados sempre passos em número ímpar.
ORDEM UNIDA A PÉ FIRME (PARADOS)
A Ordem Unida Caracteriza-se pelo grupo estar parado, a pé firme, em posição disciplinadamente
igual. As principais posições de Ordem Unida para os desbravadores são:
ü SENTIDO! – VOZ DE EXECUÇÃO: ‘SENTIDO!’. O desbravador fica imóvel, em silêncio
olhando ponto à frente, os calcanhares se unem com o bater do calcanhar direito e as mãos batidas na
coxa. As pontas dos pés abertas em 45º , as mãos espalmadas na altura das coxas, mantendo os braços
levemente dobrados com os cotovelos na direção do corpo, retos. Busto aprumado e cabeça e ombros
erguidos. Esta posição é a base de todas as outras na Ordem Unida.
ü DESCANSAR! – VOZ DE EXECUÇÃO: ‘DESCANSAR!’. Este comando só pode ser dado a
partir da posição SENTIDO e para sair dele a posição volta a ser SENTIDO, com o mover e bater do pé
esquerdo para o lado, mantendo o corpo confortavelmente distribuído entre os dois pés distanciados
cerca de 30 cm. Simultaneamente, a mão esquerda segura a mão direita fechada na altura da cintura, em
posição confortável. O desbravador permanece em silêncio e em forma. Esta é a posição usada para
entrar em forma. As mulheres podem obedecer a menor abertura das pernas.
ü À VONTADE! – VOZ DE EXECUÇÃO: ‘À VONTADE’. A partir da posição DESCANSAR,
mantendo a posição e em forma. Isto permite ao desbravador ficar a vontade, podendo falar e se mexer,
mantendo a posição do pé direito como base.
Detalhe: o pé direito não se move
ü FRENTE PARA A RETAGUARDA! – Com o grupo em DESCANSAR, após o comando
todos dão um pulo, fazendo um giro no ar de 180° graus para a esquerda, e dando um grito
característico, conforme designado pelo comando (Exemplo: Rei ou Rá), sem, no entanto, deixarem a
posição DESCANSAR.
ü FRENTE PARA A DIREITA! – Com o grupo em DESCANSAR, após o comando todos dão
um pulo, fazendo um giro no ar de 90° graus para a direita, e dando um grito característico, conforme
designado pelo comando (Exemplo: Rei ou Rá), sem, no entanto, deixarem a posição DESCANSAR.
ü FRENTE PARA A ESQUERDA! – Com o grupo em DESCANSAR, após o comando todos
dão um pulo, fazendo um giro no ar de 90° graus para a esquerda, e dando um grito característico,
conforme designado pelo comando (Exemplo: Rei ou Rá), sem, no entanto, deixarem a posição
DESCANSAR.
ü EM FORMA! – VOZ DE EXECUÇÃO: ‘EM FORMA!’. Rapidamente os desbravadores se
deslocam para o seu lugar e se posicionam em DESCANSAR. Ficam dispostos em posicionamento de
Ordem Unida ou Marcha. Alinhados e sob comando. Quando o grupo já está em forma, o desbravador
deve, após a saudação Maranata, pedir permissão para o Instrutor para entrar em forma. Só deverá o
desbravador entrar em forma quando a Unidade ou o Clube estiver em DESCANSAR
ü FORA DE FORMA! – VOZ DE EXECUÇÃO “MARCHE!”. Para que saiam de Forma. O
desbravador bate fortemente seu pé esquerdo no chão, à frente, como no ‘Rompimento de Marcha’,
levando ou não a mão direita ao ar, ficando a critério de cada Clube. Pode-se combinar um grito
característico. (ex.: Com o grito de Desbravadores; FORA DE FORMA!, MARCHE! – E o grupo grita:
DESBRAVADORES)
ü PARA O VOTO E LEI! POSIÇÃO! – Não usamos o Apresentar Armas. Em lugar disto,
usamos posição para o Voto e Lei, ou ainda, quando fora do uso do Voto, se queira saudar, por
exemplo, uma Autoridade: PARA A SAUDAÇÃO! POSIÇÃO!. A partir da posição SENTIDO, o
desbravador levanta sua mão direita à frente, rente ao corpo, até a altura do ombro, com a palma da
mão para frente, os dedos unidos e o dedão cruzando a palma da mão. (Que significa Maranata; e os
quatro dedos, são os quatro ‘A’ da palavra Maranata: Amar, Anunciar, Apressar e Aguardar a Volta
de Cristo). Sendo a Contra-Ordem: Firme.
OS DESBRAVADORES
HISTÓRIA DOS DESBRAVADORES
Em 1919 Arthur Spalding, editor do Wathman Magazine, começou um clube de Escoteiro Missionários, em seu lar na cidade de Medisson - Tenessee , EUA. A idéia começou com seu filho que acampou com alguns escoteiros. Arthur estudou a organização, formulou novas diretrizes compatíveis com os objetivos espirituais da Igreja e criou o seu clube. O clube de Arthur fazia excursões de fim de semana, trabalhos manuais, e seguimento de pista. Os Escoteiros Missionários desenvolveram ideais que foram fundamentais para o atual Clube dos Desbravadores (entre estes o Voto, a Lei e o Lema, que foram redigidos em 1921).
A Associação Geral adotou os nomes de Amigo, Companheiro e Camarada para as primeiras Classes J.A. (antiga Classes Progressivas), na Sessão de Primavera realizado em São Francisco, 1922, (inicialmente como um programa para jovens.).
C. Lester Bond secretário do Depto. De Jovens da Associação Geral preparou as primeiras especialidades em 1928, quando já havia 1075 Desbravadores ( Dados de 1927).
Em 1930, em Santa Ana, surgiu um Clube para juvenis sob a liderança do Dr. Theron Johnston. As reuniões eram realizadas no porão de sua casa, e as primeiras instruções fora técnicas de Rádio e Eletrônica. Sua filha Maurine, que o tinha ajudado com o rádio, protestou quando não lha foi permitido participar do clube. Como resultado sua mãe iniciou outro Clube para meninas, que se reunião no sótão. Os Clubes de Maurine e Jhoston se reunia uma vez por mês em conjunto e iam acampar. Utilizavam-se os requisitos para os jovens das Classes Progressivas. Como uniforme tinha apenas ema camisa especial. É difícil saber como tal programa podia ser tão combatido.
O Clube de Johnston usou o nome de Desbravadores escolhido por Mckin, seu assessor. Não temos certeza de onde ele obteve esta inspiração, embora suponha-se que a idéia tenha surgido após o primeiro acampamento da Associação do Sudeste da Califórnia em 1928, onde um dos oficiais da Associação contou-lhes a história de JohnFremont, um explorador americano, ao qual se referiu como desbravador. Depois ao ser formado a Clube, Mckin pode ter se lembrado disto. Outras fontes atribuem o nome ao local do primeiro acampamento conduzido pelo Pr. John Hancock em 1946, Pathfinders Camp (Campo dos Desbravadores).
Outro evento importante de 1930, que preparou o terreno para o rápido crescimento do Clube dos Desbravadores depois que estes foram realizados, foi o acampamento de Wawona no parque de Yosemite, onde 40 diretores de jovens foram capacitados para a liderança dos chamados acampamentos culturais, com um programa amplo, que incluía Pioneiria, trabalhos manuais, estudos da natureza, caminhadas e excursões com equipamentos para pernoite, programa ao pé da fogueira, e demais instruções do que hoje é conhecido como Classe J.A., tudo isso sobre um fundo de idealismo religioso, lealdade denominacional e civismo.
Também em 1930 foram estabelecidas as Classes Preliminares, atualmente usados pelos aventureiros. No início alguns Clubes não recebiam o apoio das igrejas sendo que alguns foram até fechados sob ameaça de exclusão, ( um deles foi o Dr. Johnston ). Apesar disso a idéia permanecia, e alguns Clubes prosperaram.
Entre 1931 e 1940 outras associações aderiram ao programa. Na União Norte do Pacífico L. A. Skinner funda o Clube Locomotivas (Traiblazers ). Em 1935 iniciam-se os acampamentos de jovens. O primeiro manual em português destes acampantes culturais foi editado em 1947. Inicialmente os membros usavam uniforme verde-floresta, o que o ajudou na identificação do Clube com a Natureza. O objetivo do uso do uniforme era a identificação como grupo ao saírem a partilhar sua fé. Outros objetivos eram manter o moral entre o membros, dando-lhes a consciência de pertencer a uma organização importante e também o uso do mesmo em cerimônias como investiduras, desfiles, etc. O uniforme verde embora ainda utilizado em outros países, foi trocado por uniforme cáqui no Brasil, depois que um jovem líder de desbravadores usando a calça verde do uniforme foi confundido comum terrorista disfarçado, e preso, na década de 70. No início desta mudança o uniforme mantinha a cor verde-floresta, depois unificou-se a cor para ambos os sexos.
Em 1946, o secretário J. A. da Associação do Sudeste da Califórnia, Pr. John Hancock, depois Líder Mundial, desenhou o emblema do Clube de Desbravadores, incorporando idéias do Clube Locomotivas. Os três lados do emblema representam o desenvolvimento Físico, Mental e Espiritual dos membros do Clube. A espada representa o Espírito Santo, o Escudo da fé. Juntos objetivando indicar que o Clube de Desbravadores é uma organização espiritual, relacionado a igreja.
Ainda neste período teve o início do primeiro Clube patrocinado pela Associação de Riverside, Califórnia. O jovem estudante universitário chamado Francis Hunt foi eleito pela igreja como diretor, para iniciar o clube com cerca de 35 membros.
Em 1947 a Associação Geral solicita a União Norte do Pacífico, elaboração de normas e planos para a transformação do Clube de Desbravadores para um programa Mundial. Esta planificação foi desenvolvida pelo Pr. J. R. Nelson, que era na época Diretor da União.
Lawrence Paulson, diretor do Clube de Glendale - EUA, escreveu os primeiros manuais.
Em 1948, Henry Berg projetou a bandeira dos Desbravadores, e em 1952 compôs o hino dos Desbravadores.
O Clube de Desbravadores embora já existisse, ainda não havia sido oficializado, fato que ocorreu em 1950, tendo o Departamento de Jovens da Associação Geral adotado oficialmente o CLUBE DE JOVENS MISSIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS como programa mundial.
O primeiro Camporée dos Desbravadores ocorreu de 7 a 9 de Maio de 1954, em Idlewild na Califórnia ( dados de 1953 indicavam a existência de 29.679 desbravadores ).
O dia dos Desbravadores começou a ser comemorado em 1957, inicialmente designado para o 3º ou 4º Sábado de Setembro ( Atualmente comemoramos em Abril ). O primeiro brasileiro a usar uniforme foi o Pr. Cláudio Belz, que esteve nos EUA, por volta de 1960, onde conheceu o Clube, gostou da novidade, mandou fazer uniforme e o usava ao voltar para o Brasil enquanto tentava iniciar a organização de um Clube no Rio de Janeiro, na Igreja do Méier. Este uso de uniforme não pastoral foi bem recebido, no início por alguns membros.
O primeiro Clube oficial na América do Sul foi o Clube Conquistadores de La Iglesia, da Igreja de Miraflores no Peru, inaugurado oficialmente por um Pastor, em 1961 que na semana seguinte esteve em Ribeirão Preto, inaugurando o primeiro Clube Brasileiro, que fora organizado pelo Pr. Wilson Sarli, sendo seu primeiro diretor Edgar Tursílio. Na outra semana, este mesmo Pastor esteve no Rio de Janeiro oficializando o Clube organizado pelo Pr. Cláudio Belz. Logo a seguir organizou-se o Clube de Desbravadores da Igreja do Capão Redondo, tendo como seu diretor o Pr. Joel Sarli.
Atualmente o Clube de Desbravadores é um dos Departamentos fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e tem como objetivo principal prover atividades educacionais e recreativas aos membros da igreja e da comunidade.
"Fonte: Site oficial dos Desbravadores | www.desbravadores.org.br"